
Pacientes hospitalizados apresentam grandes dificuldades para manter um estado nutricional adequado. Cerca de 30% desses pacientes tornam-se desnutridos nas primeiras 48 horas de internação. Na terapia nutricional, é oferecido dietas para fins especiais, estas são administradas através da boca, sonda nasal ou ostomias (estômago e intestino) essas são formas de nutrição enteral (NE). Porém, quando a passagem do alimento pelo aparelho digestivo não pode ser realizada, a terapia parenteral apresenta-se como alternativa, utilizando a via intravenosa para administração da solução especial parenteral.
ENTERAL
Por sua vez, não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos e sim é fornecido por meio de sonda introduzida diretamente no estômago ou no intestino do paciente. Os pacientes que recebem dieta por sonda ficam temporariamente ou permanentemente impedidos de receber alimentação via oral, mas seu trato gastrointestinal deve estar em condições de realizar o mecanismo de digestão.
INDICAÇÕES
Lesões do SNC, estado de come, debilidade, traumatismos faciais, obstruções no tubo digestivo, fístulas, síndromes disabsortivas, septicemia, anorexia, depressão profunda, desnutrição severa, queimadura extensas, pós-operatórios, estados de insuficiência respiratória, renal, cardíaca ou hepática. Vias de acesso: orogástrica, nasogástrica, nasoentérica, gastrotomia, jejunostomia.
OBSERVAÇÕES
Observar sempre se a dieta atende ao que foi prescrito, se está no volume correto e no horário correto e se aparentemente não possui nenhuma irregularidade quanto à consistência e coloração. Podem ocorrer complicações mecânicas: lesão da mucosa nasal e irritação nasofaríngea, esofagite, obstrução e aspiração pulmonar - gastrintestinais: cólicas, náuseas, vômitos e diarreias - metabólicas: encefalopatia metabólica, hiperglicemia e glicosúria.
PARENTERAL
É a alimentação que fornece todos os nutrientes necessários o paciente por via venosa. Deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não está apto a receber alimentos, ou seja, no agravamento do quadro do paciente que recebe nutrição enteral ou em casos de obstruções severas do tubo gastrointestinal, pancreatites, fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós-operatório, doenças inflamatórias intestinais, síndromes disabsortivas, septicemias, queimaduras graves e extensas, ventilação mecânica prolongada.
INDICAÇÕES
É utilizada quando o paciente não deve, não pode ou não quer se alimentar normalmente. É contra-indicado no caso de problemas na perfusão tissular, grandes e graves queimaduras corporais, discrasia sanguínea e imediatamente ao final da cirurgia. São exemplos dessa necessidade: Recém-nascidos prematuros, cujo sistema digestivo não é capaz de processar (digerir) o leite de modo suficiente à sua necessidade; pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais de grande porte com risco de fístulas; pacientes com a síndrome do intestino curso; pacientes com anorexia e grave risco de transtornos cardiovasculares.
OBSERVAÇÕES
Administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevivência por vias que não seja o trato gastrointestinal. Podem ser:
Nutrição parenteral total central
Nutrição parenteral periférica
Como principal complicação, por tratar-se de uma solução altamente nutritiva, é a contaminação por bactérias e fungos que colonizam os frascos. Para evitar esse problema de esterilização dos frascos e materiais, bem como uma técnica asséptica são necessárias. O acesso venoso da nutrição parenteral total deve ser uma veia central para evitar flebite, ou seja, deve ser em uma veia calibrosa próxima ao coração para evitar uma reação inflamatória da veia, devido a alta concentração alta de glicose.
REFERÊNCIAS
Leite. Heitor Pons. Atuação da Equipe Multidisciplinar na Terapia Nutricional de Pacientes Sob Cuidados Intensivos. Revista de Nutrição. 2005.
Leando-Merhi. Vânia A. Avaliação do Estado Nutricional Precedente ao Uso de Nutrição Enteral. Revista Gastroenterologia. 2009.
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